PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA COMO FATOR DE VULNERABILIDADE AO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.5380/acd.v26i4.101409Resumo
A dependência de substâncias psicoativas constitui um dos maiores desafios de saúde pública em âmbito mundial, abrangendo tanto substâncias lícitas, como álcool e tabaco, quanto ilícitas, como cocaína, heroína e ecstasy. Este estudo, por meio de uma revisão integrativa da literatura, teve como objetivo analisar a influência de fatores genéticos na predisposição ao uso e à dependência dessas substâncias. A coleta de dados foi realizada em fontes secundárias, a partir de levantamento bibliográfico em bases nacionais e internacionais, incluindo PubMed, PubMed Central, SciELO e BVS. Os resultados evidenciam que a genética exerce papel determinante no desenvolvimento do comportamento aditivo, uma vez que variantes em genes relacionados aos sistemas dopaminérgico e serotoninérgico, como DRD2, DRD4, SLC6A4 e HTR2A, modulam diretamente os circuitos de recompensa, impulsividade e controle inibitório. Evidências provenientes de estudos com gêmeos e diferentes populações reforçam que a herdabilidade responde por parcela significativa da suscetibilidade individual ao uso de álcool, nicotina e drogas ilícitas, demonstrando que a predisposição genética não se limita a um fator de risco, mas configura um determinante central do fenômeno. Embora fatores ambientais possam atuar como moduladores, a base hereditária mantém-se como elemento estruturante e decisivo. Nesse contexto, a identificação precoce de marcadores genéticos apresenta-se como ferramenta fundamental tanto para a prevenção quanto para o tratamento, viabilizando estratégias mais personalizadas e eficazes.
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