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CURVA DE PARÂMETROS SANGUÍNEOS E DE PESO EM SPHENISCUS MAGELLANICUS (FOSTER, 1781) (AVES: SPHENISCIFORMES) EM REABILITAÇÃO COM ASPERGILOSE

Aryse Martins Melo, Melissa Orzechowski Xavier, Rodolfo Pinho da Silva Filho, Angela Leitzke Cabana, Mário Carlos Araújo Meireles

Abstract


Parâmetros sanguíneos básicos e peso corpóreo são rotineiramente utilizados para monitoramento do estado geral de Pinguins-de-Magalhães em reabilitação, no entanto, estudos mostrando o perfil de variação destes parâmetros durante o desenvolvimento da aspergilose nestes animais não são conhecidos. Neste sentido, este trabalho objetivou  determinar curva de peso, de hematócrito (Ht) e de proteínas plasmáticas totais (PPT) em pinguins com aspergilose. O estudo do tipo caso-controle retrospectivo foi realizado com pinguins em reabilitação no sul do Brasil, sendo o grupo caso composto por pinguins com aspergilose, e o grupo controle por pinguins sadios. Para a determinação das curvas, foram coletados dados de amostras sequenciais, realizadas em média a cada sete dias, durante um período máximo de 81 dias, sendo estes submetidos a análise de variância (ANOVA) com teste post-hoc de Bonferroni. Ao todo, 140 animais foram estudados (50% casos e 50% controles). Pinguins com aspergilose diferiram significativamente do grupo controle em todos os parâmetros analisados, apresentando ganho de peso somente nas três primeiras coletas, com estabilização ou perda de peso nas coletas posteriores até seu desfecho, bem como declínio progressivo dos valores de Ht, os quais mantiveram-se abaixo do valor de referência para a espécie desde a terceira até a nona e última coleta, e aumento progressivo dos valores de PPT ao longo das coletas, com diferença significativa a partir da sexta coleta em relação ao grupo controle. O estabelecimento desse perfil em pinguins com aspergilose pode servir como indicativo de mau prognóstico destes animais em cativeiro, e como parâmetro para início de terapia preemptiva para aspergilose ou de investigação diagnóstica mais específica. 




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v22i2.40456