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CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS EM COMUNIDADES PESQUEIRAS DA GRANDE ARACAJU, SERGIPE, BRASIL

Eline Almeida Santos, Sindiany Suelen Caduda dos Santos, Rosemeri Melo e Souza, Renata Maria de Almeida Sampaio

Resumo


O modo de produção existente tem levado a enormes mudanças no setor da pesca decorrentes da exploração da natureza pelos diversos atores sociais, a diminuição da oferta de peixes e expansão das disputas nas zonas costeiras e ribeirinhas; situação que gera cenários de conflito. Assim, este estudo teve como objetivo analisar os conflitos ambientais gerados na área de pesca da Grande Aracaju, Sergipe, a partir da relação entre os atores envolvidos. Estruturado em três seções, o estudo foi orientado por aspectos da pesquisa qualitativa. Foram realizados levantamento documental de dados secundários e pesquisa de campo, esta, caracterizada pela observação sistemática, participante e pela aplicação de entrevistas semi-estruturadas e registros fotográficos. A definição da amostra foi proveniente da aplicação da técnica "bola de neve" (bola de neve), onde houve a seleção dos indivíduos: pescadoras (es), representantes da comunidade, representantes da comunidade de pesca e funcionários públicos. A área espacial corresponde aos povoados Jatobá na cidade de Barra dos Coqueiros e povoado Taiçoca em Nossa Senhora do Socorro, porção oriental de Sergipe. Diferenças nos perfis entre os atores sociais nos dois locais, resultantes de jogos de diferentes interesses em áreas de potenciais ecológicos e econômicos pertinentes, tais como o sistema estuarino-mangue, contribui para a intensificação dos conflitos na área de pesca. Este cenário é suportado pela ausência de uma gestão política eficaz e falta de planejamento, que pode ser a causa da provável expansão dos conflitos ambientais e pôr em perigo a existência dos recursos naturais, contribuindo para as disputas nas áreas de uso coletivo. Assim, a gestão eficiente e eficaz da zona costeira deve ser considerada como um ponto de partida para minimização conflito.


Palavras-chave


Pesca; População tradicional; Disputa territorial; Gestão Ambiental

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ARTIGO


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v11i1.48981