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RESPOSTAS DE UM SOLO RESIDUAL DA FORMAÇÃO GUABIROTUBA-PR À INTERAÇÃO COM SOLUÇÕES CONTAMINANTES

KATIA NORMA SIEDLECKI

Resumo



A malha urbana, configurada pela grande Curitiba,
tem limites praticamente coincidentes com a distribuição
geográfica dos sedimentos da Bacia de Curitiba. A
inexistência de informações sobre o lançamento de
efluentes industriais no meio, alarma e reclama urgentemente
por estudos de compatibilidade entre lixívias e materiais
que compõem a Bacia de Curitiba: sedimentos
pleistocênicos da Formação Guabirotuba e depósitos
aluvionares holocênicos. Em sua parte teórica, este trabalho
ocupa-se das variáveis relacionadas à interação
solo-solução contaminante, explorando sobretudo as propriedades
dos argilo-minerais como constituintes do solo
que desempenham importante papel na dinâmica de trocas
de cátions. O estudo aplicado centra atenção na
caracterização geotécnica e físico-química de solos residuais
da Formação Guabirotuba, explorando técnicas
laboratoriais consagradas, com adequação aos chamados
“ensaios de compatibilidade”. O emprego de soluções
fortemente enriquecidas em elementos pesados (Cu e Zn),
simulando padrões de emissões industriais, permitiu a observação
de importantes efeitos no comportamento
geotécnico das amostras ensaiadas. Ensaios de adsorção
via Batch Tests, realizados com amostras de solo residual
da Formação Guabirotuba e soluções aquosas
enriquecidas em elementos pesados, revelaram resultados
muito interessantes, que em essência refletem a aptidão
eletroquímica dos constituintes minerais presentes,
atribuindo-se sobretudo à esmectita cálcica e aos carbonatos,
a responsabilidade pela imobilização dos metais
pesados. Os resultados foram objeto de tratamento matemático
(regressão linear por transformação), visando a
definição dos parâmetros Kd, N e R2. Ensaios de
tamponamento, simples rotinas de titulação, traduziram a
capacidade do material da Formação Guabirotuba resistir
ao incremento de condições ácidas, evidenciando sua
superior performance em relação à amostra caulinítica também
tratada.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geo.v49i0.4145