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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA CADEIA PRODUTIVA DO PINHÃO PARA A PRODUÇÃO DE PELLETS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

Rodolfo Cardoso Jacinto, Martha Andreia Brand, Alexsandro Bayestorff da Cunha, Daniele Lourenço Souza, Murilo Vieira da Silva

Resumo


Este trabalho teve como objetivo analisar a qualidade dos pellets produzidos a partir de diferentes misturas contendo madeira de Pinus e falhas de pinhão, com base nos critérios de qualidade da norma ISO 17225-2. Os materiais analisados in natura e utilizados para a produção dos pellets foram as escamas estéreis e não fertilizadas (falhas de pinhão) dos estróbilos femininos de Araucaria angustifolia, e a maravalha de Pinus spp. Os pellets foram compostos por: 100% de falha de pinhão (F100); 75% de falha e 25% de pinus (F75P25); 50% de cada tipo de biomassa (F50P50); 25% de falha e 75% de pinus (F25P75) e 100% de pinus (P100). Foram analisadas as propriedades físicas, químicas e energéticas da biomassa in natura e as propriedades físicas, mecânicas e energéticas dos pellets produzidos com as diferentes misturas de biomassa. Os pellets foram ainda classificados segundo as categorias de qualidade da norma ISO 17225-2. Os resultados demonstraram que as variações nas propriedades da biomassa in natura influenciam na qualidade dos pellets. A inclusão do pinus reduziu a densidade a granel das misturas antes da peletização, o teor de carbono fixo, o teor de cinzas, o comprimento e a durabilidade dos pellets. Por outro lado, a inclusão do pinus aumentou o poder calorífico superior, o teor de voláteis e o diâmetro dos pellets. Com base na norma ISO 17225-2, os pellets produzidos a partir de misturas de pinus e falhas de pinhão tem qualidade para uso industrial.


Palavras-chave


Araucaria angustifolia; falha de pinhão; Pinus; norma ISO 17225

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v47i3.52080