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PROGRAMA DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS MARICULTORES CATARINENSES

Adriano Weidner Cacciatori Marenzi, Rosemeri Carvalho Marenzi, Ana Vinholi

Resumo


A maricultura surge no cenário brasileiro como alternativa para suprir o mercado consumidor e promover a sustentação econômica das comunidades pesqueiras. Fazendo parte dessa realidade, a Univali foi uma das instituições precursoras por meio da implantação da mitilicultura em Penha. Nesse sentido, foi desenvolvida uma série de técnicas e equipamentos apresentados em um programa de extensão para três grupos sociais: estudantes, produtores e empresários envolvidos com a atividade. Como métodos de trabalho, no mar foram instalados módulos demonstrativos para a observação e uso de equipamentos e técnicas atualizadas para o cultivo de mexilhões, e, em terra, a transferência de conhecimento se deu por meio de cursos, palestras e seminários, nas chamadas “rotas de aprendizagem”. Os resultados indicam que a maior parte dos produtores, pescadores artesanais e estudantes não se envolveram no programa. Contudo, destacou-se como categoria social diferenciada a dos grandes produtores, composta por famílias de pescadores e por profissionais, que, advindos de outras atividades, tendem a adotar essas técnicas e equipamentos, agregando tecnologia e produtividade. Conclui-se que, para envolver os maricultores e promover a inclusão tecnológica na atividade, há necessidade da integração de uma equipe multidisciplinar, além dos técnicos em maricultura, com a participação de profissionais da área das ciências econômicas e sociais. Somente assim a atividade poderá desfrutar de tecnologias que promovam a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos e que resultem em sustentabilidade ambiental.

Palavras-chave


maricultura; extensão universitária; inclusão tecnológica

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ef.v0i4.24908