Open Journal Systems

Foucault e o fim do poder moderno

Monica Loyola Stival

Resumo


Este artigo dedica-se a esclarecer a crítica de Foucault à noção moderna de poder, noção que sustenta o conceito político de representação. Para entender a necessidade de recusar a noção jurídica de poder gestada na modernidade, vou contrapor a maneira como Lebrun entende o poder hobbesiano e a maneira como Foucault o descreve. Lebrun e Foucault divergem a respeito do que é a essência do poder moderno, embora concordem em ver no sentido jurídico do poder o espírito despótico da representação política. Assim, por meio dessas diferentes leituras de Hobbes, pretendo explicitar o sentido da crítica foucaultiana ao conceito moderno de poder. Essa crítica não se reduz à simples inversão do sentido moderno (hobbesiano) de poder, desviando o olhar da constituição do Soberano à constituição dos súditos; ela implica reconhecer no conceito de “poder”, particularmente em seu sentido jurídico, o espírito despótico da representação política e, com isso, a necessidade de ultrapassa-lo.

Palavras-chave


poder; representação política; Foucault; Lebrun; Hobbes

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v13i2.43043