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A MORTE NA CONCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Francisca Patrícia Barreto de Carvalho, Raimunda Medeiros Germano, João Mário Pessoa Júnior

Resumo


A morte se tornou este mal desconhecido que se agiganta diante dos homens e os desestabiliza, causando, muitas vezes, transtornos mentais irreversíveis quando se deparam com perdas familiares. Por isso mesmo, justifica-se estudá-la, pela possibilidade de promover a reflexão sobre o modo de levar a vida e de tratar os seres humanos na perspectiva da finitude. Este estudo teve como objetivo compreender o significado da morte para estudantes de Enfermagem; nessa perspectiva, foi desenvolvido dentro de uma dimensão qualitativa de abordagem fenomenológica. Para sua realização foram entrevistados dez estudantes durante o mês de julho de 2009. Emergiu, a partir das entrevistas, uma diversidade de sentimentos como medo, angústia, insegurança, fracasso, tristeza, de acordo com a experiência sensível de cada um. Para compreender as unidades de significado que emergiram do material empírico e que constituíram a essência da presente investigação, foram fundamentais os estudos de Heidegger, Bicudo, D’Assunção, Dastur, Morin, Boff, Kübler-Ross, Boemer, entre outros. A partir da compreensão do fenômeno estudado, pode-se afirmar que a morte produz sentimentos conflitantes que conduzem os estudantes à autoproteção. No entanto, estes mostraram-se sensíveis e receptivos à abordagem da morte dentro de outras dimensões, para além dos aspectos eminentemente técnicos. A pesquisa evidencia fragilidades na formação do enfermeiro no que concerne à compreensão do ser humano em sua totalidade e finitude, e a necessidade de superá-las.

Palavras-chave


Enfermería; Educación en enfermería; Muerte.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v16i1.21130