Open Journal Systems

Das ruas para os Jogos Olímpicos? Dinâmicas em torno da prática do skate

Mauricio Bacic Olic

Resumo


O presente artigo tem como objetivo apresentar a polêmica em torno da intenção do Comitê Olímpico Internacional (COI) em incluir o skate como uma modalidade olímpica. Para isso o texto irá realizar dois movimentos diferenciados; na primeira parte será feita uma descrição de como o skate surgiu e se desenvolveu como uma prática corporal singular que estabelece uma nova relação com a cidade e seus agentes para além do campo esportivo. Neste sentido ele se apresenta também como uma prática alternativa aos esportes tradicionais que tem atraído a atenção de um universo cada vez mais amplo de pessoas, e com isso trazendo visibilidade e novas possibilidades de diálogo do skate com os mais diversos campos sociais (mercado, mídia, políticas públicas, educação, arte). Na segunda parte a discussão volta-se para as diferentes perspectivas em torno da possível participação do skate nos Jogos Olímpicos como resultado de um processo de maior “esportificação” de sua prática.


Palavras-chave


skate; práticas corporais; esporte e Olimpíadas

Texto completo:

AHEAD OF PRINT PDF FINAL

Referências


ABRAMO, Helena. 1994. Cenas Juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Página Aberta/ANPOCS.

BRANDÃO, Leonardo. 2011. A cidade e a tribo skatista: juventude, cotidiano e práticas corporais na história cultural. Dourados: Editora UFGD.

BRANDÃO, Leonardo; HONORATO, Tony (orgs). 2012. Skate e skatistas: questões contemporâneas (Apresentação). Londrina: EdUEL.

BRITTO, Eduardo (org.). 2000. A onda dura: três décadas de skate no Brasil. São Paulo: Parada Inglesa.

CARUSO, Reinaldo. 2000. “Reflexões sobre os últimos cinco anos do skate brasileiro”. Cemporcento Skate 30: 34 - 45.

DIMENSTEIN, Gilberto. 2002. “Capital do skate”. Folha de S. Paulo, Caderno Cotidiano. São Paulo, 19/06/2002.

DUNNING, Eric; ELIAS, Norbert. 1992. A busca da excitação. Lisboa: Difel.

MACHADO, Giancarlo. 2012. “Dilemas em torno da prática de skate em São Paulo”. Esporte e Sociedade 19(7): 3 - 18. https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48414

MACHADO, Giancarlo. 2014. De “carrinho” pela cidade: a prática do skate em São Paulo. São Paulo: Intermeios/FAPESP.

MATZA, David. 1968. “As tradições ocultas da juventude”. In: S. Britto (org.) Sociologia da juventude. Rio de Janeiro: Zahar.

OLIC, Mauricio Bacic. 2010. Entre o liso e o estriado: skatistas na metrópole. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

PAIS, José Machado. 2004. Tribos urbanas: produções artísticas e identidades. São Paulo: Annablume.

PIETRO, Douglas. 2012. “Quem é skatista”. Revista Cemporcento Skate 175: 22.

POCIELLO, Christian. 1995. “Os desafios da leveza: práticas corporais em mutação”. In: D. Sant’Anna (org.) Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade.

STIGGER, Marco Paulo. 2002. Esporte, lazer e estilo de vida: um estudo etnográfico. Campinas: Autores Associados.

VIEGAS, Marcelo. 2012. “A questão Olímpica”. Revista Cemporcento Skate 175: 55 – 59.

V.V.A.A. 2006. “Guia de pistas”. Cemporcento Skate. São Paulo: edição especial.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/campos.v15i1.43208

Apontamentos

  • Não há apontamentos.