Open Journal Systems

Identificando propriedades essenciais de registros eletrônicos de saúde

Elisa Tuler de Albergaria, Marcello Peixoto Bax, Raquel Oliveira Prates, Zilma Silveira Nogueira Reis

Resumo


Introdução: Inserido no desafio de possibilitar a interação de profissionais da saúde com prontuários eletrônicos baseados na Norma ISO 13606 permitindo a personalização de interface ao mesmo tempo que se preserva a estrutura e padronização dos Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde (S-RES), o presente recorte objetiva caracterizar propriedades essenciais de S-RES - flexibilidade, padronização e estrutura e facilidade de interação - analisando-se três destes sistemas. Método: Utilizou-se o método de Design Science Research que busca gerar conhecimento teórico a partir da resolução de um problema prático (identificado no contexto da investigação mais ampla). Mais especificamente, no objetivo explicitado neste recorte, efetivou-se uma revisão de literatura sobre os requisitos existentes e dificuldades dos usuários dos sistemas S-RES, seguida de um levantamento e caracterização das propriedades essenciais dos S-RES e do estabelecimento de critérios de análise. O método de inspeção completa a proposta metodológica, visto que as questões (que indicam os critérios) foram apresentadas a dois especialistas para a análise dos Sistemas. Resultados: No recorte proposto, as propriedades levantadas como essenciais dos sistemas foram caracterizadas e analisadas em três S-RES. Confirmou-se a importância das propriedades essenciais destes tipos de sistemas, ainda que verifique a dificuldade de serem atendidas em um mesmo sistema. Conclusão: Os desafios postos aos S-RES não são pontuais ou mesmo de um contexto de uso. Como trabalho futuro propõe-se a criação de um modelo de interface extensível de interface para sistemas de Registro Eletrônico de Saúde baseados na ISO 13606.

Palavras-chave


Informática em Saúde; Registros eletrônicos de saúde; Interface humano-computador; Propriedades de sistemas informatizados

Texto completo:

HTML EPUB PDF

Referências


Abrahão, M. S. (2003). A segurança da informação digital na saúde. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira.

Albergaria, E. T., Bax, M. P., & Prates, R. O. (2013). Interação Humano Computador na Ciência da Informação. In XIV ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. Florianópolis: Ancib; UFSC. Recuperado de http://enancib.sites.ufsc.br/index.php/enancib2013/XIVenancib/paper/view/343

Albergaria, E. T., Bax, M. P., Prates, R. O., & Rocha, L..(2014a). Caracterizando desafios de interação em ferramentas de modelagem de dados clínicos. In XIV Congresso Brasileiro em Informática em Saúde. Santos.

Albergaria, E. T., Bax, M. P., Prates, R. O., & Rocha, L. C. D. (2014b). Caracterizando os desafios na modelagem dos dados clínicos em sistemas de RES baseados no OpenEHR. In WIM - XIV Workshop de Informática Médica; XXXIV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação. Brasília: UNB.

Alves, A. F. (2015). Implementação do OpenEHR para uma aplicação móvel de registro eletrônico de saúde: Estudo em uma empresa de saúde. In II Seminário Tecnologias Aplicadas a Educação e Saúde. UNEB. Recuperado de http://www.revistas.uneb.br/index.php/staes/articleview/1614

Barbosa, S. D. J., & Silva, B. S. (2010). Interação humano-computador.Campus-Elsevier.

Barlow, J., Rada, R., & Diaper, D. (1989, April). Interacting with computers. Interacting with Computers, 1(1), 39–42. doi:10.1016/0953-5438(89)90006-4

Bax, M. P. (2013, maio/ago.). Design science: filosofia da pesquisa em ciência da informação e tecnologia. Ciência da informação, 42(2), 298–312. Recuperado de http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1388 doi:10.18225/ci.inf..v42i2.1388

Bayer, R., Santelli, J., & Klitzman, R. (105). New challenges for electronic health records: confidentiality and access to sensitive health information about parents and adolescents. Journal of the American Medical Association, 313(2), 29–30. doi: 10.1001/jama.2014.15391

Beale, T. (2002). Archetypes: Constraint-based domain models for future-proof information systems. In OOPSLA 2002 Workshop on Behavioural Semantics. Seattle.

Bodenreider, O. (2004). The unified medical language system (UMLS): integrating biomedical terminology. Nucleic Acids Research, 32(Database issue), 267–270. doi:10.1093/nargkh061

Busato, C. (2015). Funcionalidades para sistemas de registro eletrônico em saúde na atenção primária à saúde (Dissertação de Mestrado em Epidemiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil). Recuperado de https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/115081/000953386.pdf?sequence=1

Certification Commission for Health Information Technology. (2011). CCHIT Ambulatory EHR: Certification criteria. Recuperado em Dez. 2015, de http://www.cchit.org/

Clarke, M. A., Steege, L. M., Moore, J. L., Belden, J. L., Koopman, R. J., & Kim, M. S. (2013). Addressing human computer interaction issues of electronic health record in clinical encounters. In A. Marcus (Ed.), Design, user experience, and usability: Health, learning, playing, cultural, and cross-cultural user experience (p. 381–390). Berlin, Germany: Springer.

Costa, E. (2005). Prontuário do paciente: informações para a gestão em saúde (Monografia de conclusão do Curso Técnico de Gestão nos Serviços de Saúde). Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

de Souza, C. S.,& Barbosa, S. D. J. (2006). A semiotic framing for end-user development. In H. Lieberman, F. Paternò, & V. Wulf (Eds.), End user development (p. 401–426). New York, USA: Springer.

Detmer, D., Bloomrosen, M., Raymond, B., & Tang, P. (2008, Oct.). Integrated personal health records: Transformative tools for consumer-centric care. BMC Medical Informatics and Decision Making, 8(45). doi: 10.1186/1472-6947-8-45

Dick, R. S., Steen, E. B., & Detmer, D. E. (1997). The computer-based patient record: An essential technology for health care, revised edition. The National Academies Press. doi: 10.17226/5306

Fischer, G. (2007). Meta-design: Expanding boundaries and redistributing control in design. In C. Baranauskas, P. Palanque, J. Abascal, & S. D. J. Barbosa (Eds.), Human-computer interaction – interact 2007: 11th ifip tc 13 international conference, Rio de Janeiro, Brazil, september 10-14, 2007, proceedings, part i (p. 193–206). Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. doi:10.1007/978-3-540-74796-3_19

Gibbons, M. C., Lowry, S. Z., & Patterson, E. S. (2014). Applying human factors principles to mitigate usability issues related to embedded assumptions in health information technology design. JMIR Human Factors, 1(1). doi:10.2196/humanfactors.3524

Healthcare Information and Management Systems Society.(2003). HIMSS eletronic health record definitional model: Version 1.1. openclinical: Electronic medical records. Recuperado em Dez. 2015, de http://www.openclinical.org/emr.html#HIMSS2003

Hillestad, R., Bigelow, J., Bower, A., Girosi, F., Meili, R., Scoville, R., & Taylor, R. (2005, Sep.). Can electronic medical record systems transform health care? potential health benefits, savings, and costs. Health Affairs, 24(5), 1103–1117. doi: 10.1377/hlthaff.24.5.1103

International Organization for Standardization. (2005). ISO/TR 20.514:2005. Health Informatics – Electronic health record – Definition, scope and context. Recuperado de http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=39525

Lieberman, H., Paternò, F., Klann, M.,&Wulf, V. (2006). Enduser development: An emerging paradigm. In H. Lieberman, F. Paternò,&V.Wulf (Eds.), End user development. Dordrecht: Springer Netherlands. doi: 10.1007/1-4020-5386-X_1

Maia, T. A. (2015). Processo de desenvolvimento de arquétipos do registro eletrônico em saúde em minas gerais: Estudo de caso (Dissertação de Mestrado Profissional em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento, Universidade FUMEC, Belo Horizonte, MG, Brasil). Recuperado de http://www.fumec.br/revistas/sigc/article/view/2685/1620

Marin, H. F., & Azevedo, R. S. (2003). O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo: H. de F. Marin.

Massad, E., Marin, H. F., & Azevedo, R. S. (2003). O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo: H. de F. Marin.

Moran, T. P. (1981, July). The command language grammar: a representation for the user interface of interactive computer systems. International Journal of Man-Machine Studies, 15(1), 3–50. doi: 10.1016/S0020-7373(81)80022-3

Nielsen, J., & Molich, R. (1990). Heuristic evaluation of user interfaces. In SIGCHI Conference on Human Factors in Computing Systems (p. 249–256). ACM. doi:10.1145/97243.97281

Pessanha, C. P., & Bax, M. P. (2015). Implementando o prontuário eletrônico OpenEHR em sistemas gestores de conteúdo: uma aproximação. In XVI ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. João Pessoa: Ancib; UFPB. Recuperado de http://www.ufpb.br/evento/lti/ocs/index.php/enancib2015/enancib2015/paper/view/2756

Preece, J., Rogers, Y., Sharp, H., Benyon, D., Holland, S., & Carey, T. (1994). Human computer interaction. England: Addison Wesley.

Ratwani, R. M., Fairbanks, R. J., Hettinger, A. Z., & Benda, N. C. (2015). Electronic health record usability: analysis of the user-centered design processes of eleven electronic health record vendors. Journal of the American Medical Informatics Association, 22(6), 1179–1182. doi:10.1093/jamia/ocv050

Santos, M. (2011). Sistema de registro eletrônico de saúde baseado na norma ISO 13606: Aplicações na Secretaria de Saúde de Estado de Minas Gerais (Tese de Doutorado em Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte). Recuperado de http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ECIC-8L8HFJ/tese_eci_ufmg____marcelo_rodrigues_dos_santos___2011.pdf?sequence=1

Simon, H. A. (1996). The sciences of the artificial (3a. ed.). USA: MIT Press.

Sociedade Brasileira de Informática em Saúde. (2013). Manual de certificação para sistemas de Registro Eletrônico em Saúde (S-RES): versão 4.1. Recuperado de http://www.sbis.org.br/certificacao/Manual_Certificacao_SBIS-CFM_2013_v4-1.pdf

Spooner, S. A. (2007). Special requirements of electronic health record systems in pediatrics. Pediatrics, 119(3), 631–637. Recuperado de http://pediatrics.aappublications.org/content/119/3/631

Wieringa, R. (2009). Design science as nested problem solving. In Proceedings of the 4th international conference on design science research in information systems and technology (p. 8:1–8:12). New York, NY, USA: ACM. doi:10.1145/1555619.1555630

Zahabi, M., Kaber, D. B., & Swangnetr, M. (2015, Aug.). Usability and safety in electronic medical records interface design: A review of recent literature and guideline formulation. Human Factors Factors, 57(8), 805–834. doi:10.1177/0018720815576827




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/atoz.v5i1.44738

Apontamentos

  • Não há apontamentos.