MICROCÁPSULAS DE ALGINATO DE CÁLCIO E ÓLEO VEGETAL PELA TÉCNICA DE GELIFICAÇÃO IÔNICA: UM ESTUDO DA CAPACIDADE DE ENCAPSULAMENTO E APLICAÇÃO DERMATOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/acd.v11i1.21350Resumo
Na microtecnologia, em se tratando de produtos cosméticos e farmacêuticos, a substância ativa, ao invés de ser adicionada diretamente no veículo em forma livre, é encapsulada em vesículas micrométricas, denominadas microcápsulas. Essas estruturas são sistemas de liberação controlada de fármacos, formadas por uma porção externa, um fino filme polimérico responsável pelo revestimento, suporte e proteção; e por uma porção interna, constituída por pequenas quantidades da substância farmacologicamente ativa. As vantagens da utilização desse sistema incluem proteger o ativo da degradação por diminuir seu contato com o restante da formulação; oferecer maior resistência, estabilidade e proteção contra oxidação e fotodegradação; mascarar sabores e odores desagradáveis do princípio ativo; aumentar seu tempo de ação e separar incompatibilidades. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o desenvolvimento de micropartículas de alginato de sódio pela metodologia de gelificação iônica, tomando como ponto de partida a determinação da capacidade de encapsulamento do óleo vegetal de semente de uva, seleção da melhor faixa de trabalho e posterior aplicação da metodologia em um produto cosmético ou farmacológico. Os resultados demonstraram a formação das microcápsulas de alginato de cálcio contendo óleo em todas as concentrações testadas dos reagentes, sendo que, nas menores concentrações dos mesmos, as microcápsulas não suportaram mais do que 12% de óleo e se apresentaram mal estruturadas. Nas demais concentrações as partículas mostraram-se brilhantes e com espessura de parede desejável para aplicação dérmica. Quanto ao microencapsulamento de mentol e cânfora, o mesmo ocorreu de maneira desejável, sendo incorporado em forma farmacêutica de aplicação dermatológica.
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